No dia 5 de fevereiro, está prevista uma reunião na Secretaria Estadual da Saúde, em Porto Alegre, para tratar sobre a abertura do Hospital Regional. O encontro deve reunir, além do titular da pasta, João Gabbardo, o prefeito Jorge Pozzobom e o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann,entre outras autoridades.
Como o Ministério da Saúde acenou, no final de 2017, com a possibilidade da Ebserh, gestora do Husm, assumir a administração do Regional, a reunião é para saber a posição do Estado.
_ O ministro (Ricardo Barros) disse que não seria problema_ afirmou o deputado federal Jerônimo Goergen (PP), que intermediou a reunião de Burmann em Brasília e também acompanhou o encontro, sobre a Ebserh administrá-lo.
Barros, segundo o parlamentar, teria dito que o ministério está assumindo alguns hospitais e não teria empecilhos quanto ao Regional, porém, precisaria do aval do Estado, a quem pertence o complexo de saúde de Santa Maria.
A Ebserh chegou a assinar um convênio em 2014, no final do governo Tarso Genro (PT), para gerir o hospital, mas não foi levado adiante pela gestão Sartori (MDB). Depois, como o Estado não achava gestores, a Ebserh chegou a ser procurada pelo reitor da UFSM, mas descartou assumi-lo por falta de recursos. Contudo, no final de dezembro, Burmann, além do ministro da Saúde, conversou com o presidente da Ebserh, Kleber Morais, que acenou novamente com a possibilidade de assumir o Regional, fechado há mais de um ano.
Só que o Estado está tentando uma entidade privada com fins filantrópicos para administrar o hospital e fez uma consulta à Procuradoria Jurídica do Estado (PGE) sobre a questão. O Piratini aguarda um parecer da PGE, que não tem prazo para ser dado. O prefeito Pozzobom tem acompanhado esse processo e diz que o Piratini já tem uma entidade de Porto Alegre para gestor só dependendo do parecer favorável da PGE.
A reunião do dia 5 é, certamente, para cobrar uma definição do Estado: ou tem um gestor ou passa a bola para o Ministério da Saúde. Só que o ministro Ricardo Barros já anunciou que deixará o ministério em abril, então, em caso de a Ebserh assumir, as negociações têm de ser aceleradas para não ter de começar do zero com um novo ministro. Não há mais tempo a perder. Mais de um ano um hospital fechado é um prejuízo irrecuperável, já que sua função essencial é cuidar (salvar) vidas.
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário - Arquivo
Hospital Regional está fechado há mais de um ano